quinta-feira, 16 de outubro de 2025

NOVA FUNCIONALIDADE – PRONÚNCIA

Adicionei uma nova funcionalidade ao Dicionário Ganbarou Ze!. Como todos já sabem, ele é atualizado semanalmente (normalmente aos domingos), então, podemos dizer que existe um “atraso” entre a publicação de uma nova palavra no projeto EDICT, que é atualizado diariamente, e a disponibilização dessa palavra no Dicionário Ganbarou Ze!.

Diante disso, acrescentei a funcionalidade de o Dicionário buscar a pronúncia de uma palavra não encontrada, mas já publicada na base diária do projeto EDICT. Por exemplo, peguemos a nova palavra “胃結腸反射”, sugerida por mim, inclusive:

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A palavra “胃結腸反射” foi adicionada às atualizações do EDICT hoje, mas só constará no Dicionário Ganbarou Ze! a partir da atualização do dia 19/10/2025. Contudo, sabemos que a sua pronúncia é “いけっちょうはんしゃ”. Ao decompor, teremos:

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“胃結腸反射” significa “reflexo gastrocólico”, “um reflexo fisiológico natural, responsável pelo controle dos movimentos autônomos (peristálticos) do trato gastrointestinal inferior após uma refeição. (…) E quando uma pessoa come, o cólon aumenta a motilidade (movimentos) intestinal em resposta ao estiramento do estômago. O reflexo gastrocólico é responsável, por exemplo, por permitir espaço para o consumo de mais alimentos, exatamente por meio do peristaltismo” (fonte: enterogermina.com).

Neste caso, pela decomposição é possível se chegar a esse significado…

Esta é mais uma inovação do projeto Ganbarou Ze! Temos com certeza o dicionário de japonês mais avançado do Brasil e um dos dicionários de japonês mais avançados disponíveis NO MUNDO. E gratuito!

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

KANJI CONTRA O TEMPO

Apresento mais uma novidade a todos. Agora no submódulo “Painel de Kanjis”, no modo “JLPT” há o jogo “Kanji Contra o Tempo” na janela de cada Kanji.

Esse jogo é uma corrida contra o tempo. Como o descrevi na tela de apresentação, “Teste seus conhecimentos sendo pressionado pelo tempo! Tente acertar a leitura e o significado de cada palavra”.

Você pode escolher a dificuldade, estando ela relacionada ao tempo que você terá para selecionar uma leitura e depois um significado para a palavra apresentada:

Ao final, será mostrado apenas a porcentagem e o número de acertos:

Coloquei uma contagem regressiva justamente para você se sinta pressionado. Além disso, não são mostradas as respostas certas ao final do jogo. Eu decidi adotar tais critérios baseado em algo que eu ouvia quando aprendia tabuada na escola, que aplicado para o jogo, eu diria:

“Se você não é capaz de responder imediata e corretamente, você ainda não aprendeu como deveria. Se a resposta for mostrada facilmente, você não se esforçará para encontrá-la e memorizá-la”

Creio que apenas mostrar a porcentagem é o número de acertos “forçará” você a revisar a lista inteira de palavras, caso ainda não tenha atingido os desejados 100%. Além disso, o jogo não deixa de funcionar como um “Anki”, já que você poderá usar o jogo para revisar as palavras de tempos em tempos, com a vantagem que as alternativas são geradas aleatoriamente. Creio que com isso há uma diminuição do risco de um condicionamento da memória.

E sendo um pouco presunçoso (de zoeira), acho que esse jogo pode ser apelidado de “Versão Brasileira Melhorada do Anki”, pois na nossa versão são impostas dificuldades que o Anki não tem, o que sempre foi minha crítica com relação a ele. Ironicamente, para melhor memorizar o nosso cérebro precisa ser “pressionado” e não podemos facilitar as coisas para ele, pois ele é naturalmente preguiçoso. E acho que o Anki é muito “bonzinho” nesse sentido.

E convenhamos: o mundo real é desafiador e não facilita nada para a gente. Numa entrevista de emprego, por exemplo, eu diria ““Se você não é capaz de responder imediata e corretamente, você ainda não aprendeu como deveria. E se você ainda não aprendeu como deveria, você ESTÁ FORA”.

Por isso, é muito melhor ser pressionado por um jogo gratuito e que estará sempre a sua disposição do que ser pressionado por uma situação do mundo real em que o desconhecimento pode lhe custar uma oportunidade que pode não voltar mais, não acha? Winking smile

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

FERRARI NAS MÃOS DE POBRE

Continuando as minhas reflexões baseadas em mais de 10 anos com este nicho e a “vida no deserto” (sem engajamento e sem divulgação por parte de quem acessa constantemente o blog), gostaria de fazer uma analogia:

O que aconteceria se TODO MUNDO passasse a ser capaz de comprar uma Ferrari?

Não é difícil concluir que, se TODO MUNDO fosse capaz de comprar uma Ferrari, o “valor social” atribuído a quem possui uma Ferrari (alguém “especial”, com muito dinheiro e, por isso, prestigiado socialmente), diminuiria bastante. Logo, do ponto de vista de quem possui uma Ferrari, torná-la acessível às camadas ditas inferiores representa uma ameaça, pois aquilo que lhes dava prestígio social se torna algo popular, comum.

Ora, se o que o que move muitos a aprender japonês e a cultura japonesa é meramente o desejo de se “sentir dono de uma Ferrari”, uma pessoa “inferior” com esta “Ferrari” representa uma ameaça, pois pessoas de fora do nicho podem pensar: “Se uma pessoa com deficiência consegue aprender e ensinar japonês, então, não é algo tão especial e difícil como o pessoal alardeia por aí”. Assim:

Ferrari = conhecimento de japonês.

Raridade = prestígio.

Acessibilidade = perda de valor simbólico.

O que se valoriza não é apenas a habilidade em si, mas o prestígio social advindo da sua escassez.

***

Se o que o que move muitos a aprender japonês e a cultura japonesa é meramente o desejo de se “sentir dono de uma Ferrari”,  então, a APARÊNCIA conta muito. E não é difícil perceber isso neste nicho, infelizmente: dificilmente vemos criadores de conteúdo, mesmo que sejam japoneses nativos, com muitos seguidores se não atendem aos estereótipos que o nicho tem do Japão. Logo:

Exclusividade → aprender japonês como forma de se destacar dos “outros”. O público não valoriza a competência em si, mas a recompensa social que se pode obter estando vinculado a algo considerado “superior”.

Estereótipos visuais/culturais → só é reconhecido quem se encaixa em certas “expectativas” do nicho (o “Japão idealizado”).

Se o que o que move muitos a aprender japonês e a cultura japonesa é meramente o desejo de se “sentir dono de uma Ferrari”,  então, este projeto só decolará se alguém de prestígio social der alguma moral para ele. Aí com certeza muitos aparecerão dizendo: “Conheço o Ganbarou Ze! desde 2014 e sempre achei um dos melhores projetos de língua japonesa”. Aparecerão como baratas que saem do esgoto até a superfície no verão. Elas estão sob nossos pés, mas só aparecem quando convém.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

O MEDO DO DESPRESTÍGIO SOCIAL

Lembre-se: a derrapagem do carro da frente serve de alerta para os carros que vêm atrás dele. Continuando a série de reflexões sobre este nicho e minha experiência de mais de 10 anos “no deserto”, lanço uma questão:

Não é estranho que a média de acessos ao projeto se mantenha, mas não se traduza em divulgação e engajamento?

Como entusiasta do comportamento humano, eu suponho qual seja o motivo disso e, concidentemente ou não, ao conversar com meus programadores virtuais, de novo, eles afirmaram basicamente o que penso a respeito. Segundo o DeepSeek, “o medo do desprestígio é o motor por trás de tudo”.

Levando a questão para esse lado, engajar o projeto seria um risco social. Seria admitir que se está aprendendo com alguém que não deveria estar ensinando, por “ser inferior”. Portanto, reconhecer o valor do projeto, poderia ter como consequência o “rebaixamento” de  pessoas dentro do próprio grupo (e diante dos outros “de fora” também), o que as faria perder justamente o prestígio social que tanto buscam através do apreço pelo Japão e/ou pela língua japonesa.

Para se sentir bem consigo mesmo, o nicho precisa acreditar que é um grupo especial, seleto, exclusivo e de alto status por estarem relacionados a algo, supostamente, considerado  “chique, difícil e exótico" pela sociedade brasileira. Com isso, pessoas podem construir sua autoestima baseada em ideias (distorcidas) como:

(1) "Nós somos inteligentes porque aprendemos algo difícil."

(2) "Nós somos culturalmente superiores porque apreciamos algo exótico e refinado."

(3) "Nós temos um gosto melhor que o das outras pessoas."

(4) "Nós somos pessoas de virtude superior em comparação a outras pessoas."

Se parar para pensar, vemos esse filme constantemente neste nicho, não é mesmo?

Pois bem. O problema começa quando o projeto, e especialmente o sucesso pessoal de uma pessoa com deficiência, quebra brutalmente essa narrativa idealizada sobre o Japão. Na lógica distorcida da hierarquia social que o nicho criou, uma pessoa “inferior” ser  inesperadamente bem-sucedido em um domínio que eles acreditavam ser apenas para “pessoas superiores” desencadeia uma crise de identidade grupal. A pergunta inconsciente é:

"Se uma pessoa com deficiência (um 'inferior' na hierarquia social imaginária do nicho) consegue fazer isso, então, as ‘pessoas de fora’ vão achar que o Japão e a língua japonesa não são tão  especiais assim. O que vai acontecer conosco e nossa suposta superioridade?"

A conclusão inconsciente é que o Ganbarou Ze! os “transforma” em “pessoas comuns”, tirando do nicho o status especial que acreditam ter.

Diante dessa ameaça, o nicho não pode me atacar frontalmente (eu os poderia expor com provas e, como socialmente falando, a discriminação contra pessoas com deficiência é considerada reprovável, isso afetaria justamente o prestígio social que tanto buscam). Então, o nicho usa estratégias sutis para minimizar e neutralizar a ameaça que, na cabeça deles, o  Ganbarou Ze! representa, como o consumo silencioso (número de acessos constante, mas sem engajamento ou divulgação) e boicote social silencioso para manter o Ganbarou Ze! em seu "lugar" imaginário, isto é, se não reconhecem o Ganbarou Ze!, é como se ele não existisse. Se ele não existe, então eu não sou uma ameaça à hierarquia e ao status do grupo.

Segundo o próprio DeepSeek “não há nada que você (eu), sozinho, possa fazer para mudar a dinâmica desse grupo específico”.

Concordo com o DeepSeek, infelizmente e tenho mais de 10 anos de experiência para poder afirmar isso. A única solução seria alguém de prestígio no nicho “validar” o meu trabalho, assim como aconteceu comigo na faculdade em 2005, como relatei no “Como Aprender?”. Contudo, isso eu acho improvável acontecer, pois já são mais de 10 anos e eu já entrei em contato com instituições e influenciadores grandes relacionados ao nicho.

E o que recebi?

Nenhuma resposta ou no máximo o clichê “continue e não desista dos seus sonhos”.

É por isso que já considero, neste nicho, uma batalha perdida. A menos que surja um novo influenciador explodindo no nicho e ele valide o meu trabalho. Contudo, a vida é curta e não dá para ficar esperando isso acontecer. Até por que, sinceramente, eu não acredito que este nicho tenha força para viralizar e explodir algo novo. Até acho que a onda japonesa tem ficado cada vez mais fraca, restrita e saturada a cada ano que passa. E quem viveu o fim dos anos 1980 e os anos 1990 percebe isso mais facilmente.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

AGORA TEMOS UM PORTAL

Conversando com meus “Programadores Virtuais”, decidi criar um novo blog em forma de PORTAL para o projeto Ganbarou Ze!, que terá como endereço: https://projeto-ganbarouze.blogspot.com/.

Curiosamente (ou não), diante dos meus relatos sobre a minha experiência como criador de conteúdo para este nicho, meus “Programadores Virtuais” me deram como sugestão algo que eu já venho pensando há tempos: expandir os horizontes.

Creio que o meu propósito com a língua japonesa  no Brasil foi cumprido. Isso não significa, porém, que eu deixe de atualizar o conteúdo relacionado à língua japonesa ou deixe de pensar em novas ferramentas. Apenas não quero mais ficar na língua japonesa. Não quero mais que a minha trajetória como criador de conteúdo fique na língua japonesa.

Digamos que HOJE apenas encerro um ciclo de exclusividade com a língua japonesa. A nossa vida é como um livro, mas ele não precisa ser dedicado a um único assunto. Ele pode ser formado por diversos capítulos diferentes. Assim é minha vida, aliás: sempre estive em diferentes tipos de ambientes sociais (sendo este o PIOR de todos, infelizmente).

E não foi por falta de tentativas: entrei em contato com instituições, influenciadores grandes, disponibilizei uma gramática e ferramentas inovadoras de forma GRATUITA. E com o que me deparo? Um grande DESERTO e/ou, com raríssimas exceções,  “VEGETAS, que se acham os Príncipes dos Sayajins.

Já passei dos 40 anos de idade e penso que a nossa vida é muito maior do que estar em caminhos ou ambientes pouco (ou nada) recíprocos. Toda tentativa de crescimento pessoal e de contribuição para a sociedade é válida e estamos sempre lindando mais com possiblidades do que com certezas. Contudo, permanecer em lugares com claros indícios de que não somos bem-vindos é imprudente, afinal NÃO somos imortais. Cada novo dia não é um dia a mais como costumam dizer. É, na verdade, um dia a menos para nós, pois, a menos que descubram qual a fonte da juventude, estamos caminhando a cada dia para a velhice, para a doença, para o nosso fim. A vida não é como um jogo cheio de savepoints, que nos possibilitariam recomeçar de um determinado ponto sempre que quiséssemos e já sabendo o que há pela frente.

Sendo assim, é hora de levantar voos mais altos para tentar encontrar novos mundos… que talvez acolham e reconheçam os meus esforços e assim possamos, unindo esforços, crescer juntos… como sempre foi a finalidade do Ganbarou Ze!.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

A DERRAPAGEM DO CARRO DA FRENTE

Esta postagem será apenas mais umas das minhas reflexões e aprendizados.

Se há algo de positivo em toda a indiferença que há mais de 10 anos recebo do nicho, é que posso expressar coisas que podem servir de guia para a tomada de decisão das pessoas. Como aprendi esses dias, a derrapagem do carro da frente serve de alerta para os carros que vêm atrás dele.

Sim, falar algo de negativo do próprio nicho pode ser prejudicial… mas só quando você tem o nicho a seu lado. Este NÃO é meu caso. Então, não tenho nada a perder, afinal esta é uma batalha perdida.

Sim, o projeto tem em média 6.000 acessos mensais, mas sinceramente… é um número que, em termos práticos, não faz diferença, pois isso não se transforma em engajamento ou divulgação do projeto. Em outras palavras, para mim (e isso tem se mostrado concretamente) não faz diferença ter 6.000 acessos mensais ou zero acessos mensais. As referências ao projeto Ganbarou Ze! na internet são praticamente inexistentes. é como se ele não existisse.

Pela minha experiência (e de certa forma pelo que o próprio mercado brasileiro mostra), eu diria o nicho dos que dizem gostar do Japão é algo COMPLETAMENTE DIFERENTE do nicho dos estudantes de língua japonesa. Em outras palavras, eu diria que a pessoa que diz gostar do Japão não necessariamente se tornará um estudante da língua japonesa realmente comprometido. Sendo assim, acredito que o que mais vemos são na verdade estudantes de japonês “de fachada”, que estão apenas buscando prestígio social através de algo considerado, entre aspas, chique, difícil e exótico.

E diria mais: alguém que se sente perdido socialmente falando e que por isso está buscando prestigio social a qualquer custo tende a se tornar uma pessoa extremamente competitiva e tóxica, pois não aceita concorrência e/ou algo que a lembre de que ela não é tão única assim para ser prestigiada (na intensidade) como deseja pelo grupo alvo.

Lembro até hoje o dia que interagi com uma pessoa que, em outras palavras, disse me detestar. E sabe o motivo? Simplesmente por eu ter criado o Ganbarou Ze! mesmo sendo uma pessoa com deficiência.

A distância e o anonimato na internet têm seu lado positivo, pois fazem com que as pessoas – para o bem ou para o mal – não usem máscaras. Para um entusiasta em comportamento humano como eu, isso é bom, pois me ajuda a entender melhor as pessoas.

Consegue enxergar o Vegeta e o que chamei de Complexo de Vegeta nesta pessoa? Na cabeça dessa pessoa provavelmente existe a ideia de que deve haver uma hierarquia entre as pessoas e ela deve ser mantida. Sendo assim, como eu tenho deficiência física, eu deveria me manter abaixo das pessoas “normais” e NÃO posso tentar subir.

Essa pessoa sinceramente me marcou positivamente, pois ela, pelo menos expressou o que realmente sente e como se comporta por causa disso, o que me ajuda a entender melhor as coisas. E infelizmente creio que a maioria neste nicho pense do mesmo jeito; a única diferença  é que expressam isso de uma forma não direta: em forma de consumo do conteúdo, mas ao mesmo tempo sendo indiferentes e/ou desmerecedores do projeto, mandando PIX de  1 centavo ao projeto ou descurtindo nas redes sociais toda vez que lanço uma coisa boa e inovadora no projeto.

Irônico?

Não!

O Complexo de Vegeta realmente existe e, com ele, a necessidade de manter uma hierarquia que se acredita existir, em que eu, como portador de deficiência física, tenho que estar sempre abaixo não importa como. Aliás, em nossa sociedade e no mundo, tal dor emocional e comportamento são mais comuns do que imaginamos. Basta começarmos a observar. Basta consideramos como relações humanas realmente saudáveis estão cada vez mais raras.

É por isso que digo que, neste nicho, já perdi a batalha.

sábado, 6 de setembro de 2025

E MAIS DE UM MILHÃO… DE SENTENÇAS!

Hoje, o Projeto Ganbarou Ze! atingiu mais uma marca que eu poderia chamar de histórica para o nicho dos estudantes de língua japonesa no Brasil: mais de 1 milhão de sentenças em nossa base de dados!

Quem visita o projeto diariamente deve ter notado que o contador de sentenças do Dicionário Ganbarou Ze! estava meio maluco esses dias. O motivo é que eu estava fazendo uns testes e filtrando, através de scripts que eu e meus programadores virtuais criamos, o banco de sentenças que eu tenho.

Devido à “infraestrutura” (bem entre aspas) de banco de dados que temos para hoje, não era simplesmente alimentar o nosso banco de dados. Tivemos que fazer vários testes e encontrar soluções para driblar os limites da plataforma.

E conseguimos!!

Eu até achei que não seria possível adicionar mais sentenças ao banco de dados, mas valeu a pena NÃO DESISTIR. É mais um vitória do projeto e, por que não, pessoal também, visto que o projeto Ganbarou Ze! se tornou, de certa forma, um meio de eu superar desafios.

Fazia mais de 10 anos que eu desejava colocar as minhas ideias em prática e isso só foi possível recentemente graças ao surgimento das inteligências artificiais.  E mesmo estando mais de 10 anos “atrasado” por falta de colaboração do nicho, no Brasil o Ganbarou Ze! ainda é um dos (e talvez o único) projetos relacionados à língua japonesa mais ativos, inovadores e atualizados. E gratuito!

É claro que sempre vem aquela “frustração” por pensar: “Se eu sozinho e com minhas dificuldades físicas e ferramentais sou capaz de fazer tudo isso, imagine o que representaria esse projeto no Brasil e NO MUNDO se houvesse colaboração concreta do nicho? Contudo, sem o mínimo de engajamento fica praticamente impossível atrair parcerias.

Aliás, o projeto Ganbarou Ze! pode ser considerado um exemplo de como o  esforço individual sem um ambiente de recompensas se torna praticamente nulo. Perceba como, mesmo o Ganbarou Ze! sendo o maior, mais criativo e atualizado projeto relacionado à língua japonesa do Brasil (e talvez do mundo), há pouquíssimas menções dele fora deste espaço. E mesmo sendo gratuito.

Continuo andando no deserto…

O que mais preciso fazer para “conquistar” esse nicho?

Eu sei a resposta: NADA conquistará este nicho vindo somente da minha parte. E eu tenho mais de 10 anos de experiência para poder afirmar isso.

Se eu tive que “esperar” por mais de 10 anos para que surgissem ferramentas que finalmente possibilitaram colocar minhas ideias em prática, quem sabe daqui a 10 anos eu finalmente encontre parcerias que façam o Projeto Ganbarou Ze! decolar?

Ou talvez este projeto sirva para que as pessoas hoje e no futuro percebam como é importante se esforçar para as pessoas certas, coisa que tenho plena consciência de que não estou fazendo – este nicho definitivamente não é para mim e recomendo que ninguém invista neste nicho. 

Quem sabe um dia outro nicho finalmente reconheça o valor desse projeto e dos meus esforços individuais…

Afinal, com poucas exceções, a ingratidão e indiferença deste nicho fazem este projeto e todo o meu esforço individual parecerem absolutamente nada. Essa é a consequência de se esforçar para as pessoas erradas. Nada tem valor e nada será suficiente…