quinta-feira, 1 de maio de 2025

UMA CRÍTICA AO PROJETO EDICT

Faltam menos de 100.000 palavras para que eu termine de traduzir e revisar TODAS as palavras que constam no projeto EDICT, a base de muitos dicionários Japonês-Inglês disponíveis na internet. Parece muito, mas não é, já que a base tem mais de 300.000 palavras, e estou fazendo isso sozinho.

Na verdade, posso dizer que, com a ajuda de diversos scripts, as palavras que faltam já estão traduzidas, e o que estou fazendo é uma REVISÃO de tradução. O que tem dificultado esse processo é, infelizmente, a qualidade das tradução de muitas palavras.

Um exemplo é a palavra “プレイリーダー”, que é traduzida para o inglês como “playreader”, que significa “aquele que lê peças em manuscrito e recomenda sua aceitação ou rejeição”. O grande problema aqui é que o termo “リーダー” pode tanto se referir à palavra inglesa “reader” (leitor) como “leader” (líder), e em japonês eu só encontrei para “プレイリーダー” o significado de “pessoa que ajuda as crianças a brincar animadamente no parque infantil e cria um ambiente propício para isso”.

Percebe?

A palavra “プレイリーダー” realmente existe no japonês, mas NÃO significa em inglês “playreader”, mas sim “play leader”, no sentido de um “líder de brincadeiras”. Além disso, não encontrei registros de “playleader” em inglês como palavra única, o que me faz imaginar que “プレイリーダー” seja uma palavra que usa elementos da língua inglesa, mas que tem sentido próprio no Japão. Seria como o nosso “shopping”: nós brasileiros usamos essa palavra inglesa para indicar o lugar fechado e cheio de lojas variadas,  mas se quisermos expressar o mesmo conceito de modo que um falante nativo do inglês entenda, temos que usar “mall”.

Além disso, muitas palavras do projeto EDICT estão com a transcrição direta para o inglês apenas. Por exemplo “ナックルフォア” é traduzido como “knuckle four”, o que está correto. Entretanto, ao que parece “ナックルフォア” é mais um exemplo de palavra com elementos da língua inglesa, mas com sentido próprio no Japão apenas. Sendo assim, penso que deveria haver uma explicação da palavra e não apenas uma transcrição direta para o inglês.

Enfim, por essas razões, o processo de revisão das palavras está um pouco mais demorado do que eu imaginava. Ora, se a tradução em inglês deixa a desejar em muitos casos, a tradução do inglês para o português não poderia ser diferente.

sábado, 26 de abril de 2025

PAPA FRANCISCO

Adicionei à base de dados “Sentenças” do Dicionário Ganbarou Ze!! algumas notícias recentes referentes ao Papa Francisco. As noticias foram retiradas do site Vatican News em sua versão em japonês.

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sábado, 29 de março de 2025

MAIS DE 7.000 EM FEVEREIRO!

Sim, estamos no final de março, e eu estou me referindo a um fato do mês passado!

No mês de março, o blog Ganbarou Ze! superou a média mensal de visitas, alcançando mais de 7.000!

É um número interessante, pois não fiz nada de diferente do que tenho feito nesses últimos meses, no sentido de tentar obter mais engajamento.

A internet e seus mistérios…

A única coisa que não é mistério (e eu já me conformei com isto) é que não há engajamento das pessoas que visitam o blog Ganbarou Ze! Open-mouthed smile

domingo, 2 de março de 2025

NAIS UMA SUGESTÃO NOSSA NO PROJETO EDICT

Tivemos mais uma sugestão acatada pelo projeto Edict. As últimas notícias sobre a saúde do Papa Francisco relataram que ele teve um “broncoespasmo”. Não havia essa palavra ainda na base de dados do projeto Edict, que é “気管支痙攣” (きかんしけいれん). Esta palavra foi incluída hoje no Dicionário Ganbarou Ze!.

Como curiosidade, se a decompormos teremos:

(1) 気管支, きかんし, tubo bronquial;

(2) 痙攣, けいれん, convulsão; cãibra; espasmo; tique; contração muscular.

Lembrando que uma vez por semana estou acrescentando as novas palavras da referida semana do projeto Edict. Também, faltam cerca de 140.000 palavras (de mais de 300.000!) a serem revisadas e incluídas. Farei isso aos poucos e ESPERO que até o fim desse ano eu tenha conseguido terminar este trabalho.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

MOTIVAÇÃO: MINHAS QUATRO RAZÕES PARA CONTINUAR…

Que este projeto pode ser visto como algo que não deu certo em termos de engajamento, ninguém duvida.

E por que continuo com este projeto mesmo após 10 anos se, como eu mesmo recomendo constantemente na seção “Como Aprender?”, já deveria ter trocado de ambiente, pois de fato estou me esforçando para pessoas (nicho) erradas?

A primeira razão é que eu gosto da língua japonesa. A segunda razão é que eu gosto da língua inglesa. Como a grande maioria dos materiais disponíveis sobre japonês está em inglês, eu acabo podendo ter contato e praticar constantemente as duas línguas (lendo, assistindo, ouvindo diversos materiais e tendo contato com diferentes pessoas).

A terceira razão é que montar um blog não deixa de ser uma forma de organizar e “eternizar” (um “grande backup” de) os meus materiais de estudos para mim mesmo. Com isso também acabo preenchendo a grande lacuna dos materiais didáticos sobre língua japonesa no Brasil, bem como auxiliando outros estudantes de língua japonesa. Com os estudantes sérios, aprendo muitas coisas boas; com os malandros e aventureiros também, mas mais sobre comportamento humano. Tudo isso me inspirou e continua inspirando com relação à Seção “Como Aprender?”.

Por fim, a quarta razão é que montar um blog não deixa de ser uma maneira de documentar a minha capacidade e o meu progresso. Se algum dia alguém relevante neste ou em qualquer outro nicho descobrir o meu trabalho e/ou quiser acreditar e dar oportunidade para mim, eu só precisarei pegar a prancha e surfar, pois “já estou preparado para as ondas”.

Se olharmos para este projeto apenas considerando o aspecto do engajamento do público, realmente ele é um TOTAL fracasso. Contudo, se eu mesmo olhar para a questão de desenvolvimento pessoal e contribuição para a sociedade, posso dizer que sou muito bem sucedido.

E aqui vem uma coisa que eu particularmente acho o PIOR ponto negativo deste nicho. Não é nem a maior tendência de preconceito contra pessoas como eu, mas sim o complexo de vira-lata. Brasileiros são preconceituosos com brasileiros, mas quando aparece algo bom feito por BRASILEIROS, quase ninguém apoia, pois parece que PRECISAMOS acreditar que todo brasileiro é um lixo e que o Japão é a terra dos deuses que possui a solução para todos os nossos problemas. Na visão destes que sofrem de complexo de vira-lata, nenhum brasileiro presta, mas ao mesmo tempo todo mundo que diz isso se coloca como a única exceção a esta regra.

Agora pergunto: se você, sendo brasileiro, diz que nenhum brasileiro presta, como espera que as outras pessoas – brasileiras ou estrangeiras – acreditem que você seja a única exceção a esta regra? Quanto mais nos colocamos como supostos detentores exclusivos das mais altas virtudes, maior será a cobrança e maior também será a nossa queda por menor que seja o nosso erro. Não vale a pena. Melhor nos colocarmos sempre como eternos aprendizes.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

MOTIVAÇÃO E “DEFICIÊNCIA EMOCIONAL”

Como todos que acompanham este projeto devem saber, sou portador de paralisia cerebral. A primeira coisa que talvez venha à mente de muitos é que a deficiência física me limita, impossibilitando-me de fazer algumas coisas.

Sim, é verdade. Eu não posso, por exemplo, ter o objetivo de me tornar um jogador de futebol, pois fisicamente, tenho limitações. Digamos, então, que uma deficiência física, impõe obviamente uma barreira física a nós.

Agora, imagine uma pessoa sem deficiência física que não se torna um jogador de futebol, pois ela mesma NÃO acredita ser capaz de fazer isso...

Você concorda que em termos práticos e objetivos, essa pessoa acaba se igualando a um deficiente físico? Um não se torna jogador por possuir uma barreira física, uma deficiência física; o outro também não se torna jogador de futebol por ter uma barreira emocional, digamos... uma deficiência emocional (obviamente aqui não estou me referindo a transtornos e/ou condições básicas para ter uma vida digna).

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Certa vez, ouvi de um psicólogo que tudo no fundo é questão de como interpretamos as coisas. Embora ter uma limitação física seja objetivamente algo indesejado, subjetivamente falando, ela pode ser interpretada, por exemplo, como ter um desafio um pouco maior que nos motiva a crescer. Por outro lado, uma pessoa sem deficiência física pode ter objetivamente todas as condições para alcançar a sua meta, entretanto, se interpreta o mundo de uma forma distorcida e/ou negativa, pode acabar não aproveitando todos os recursos que tem nas mãos. Por causa de barreiras autoimpostas.

No fim das contas, quem tem chances de alcançar seus objetivos: um deficiente físico muito motivado apesar de suas barreiras físicas ou uma pessoa sem deficiência física, mas com uma deficiência emocional (barreiras autoimpostas)?

Talvez todos nós somos deficientes de algum modo: uns possuem deficiência física, outros, deficiência emocional (barreiras autoimpostas). E algumas formas de deficiência emocional podem ser difíceis de perceber, e muitas vezes são mais complicadas de lidar do que limitações físicas. Isso porque, em certos casos, essas barreiras internas podem levar a comportamentos prejudiciais, como manipulação, controle, parasitismo ou dependência excessiva dos outros. E o pior: por não serem facilmente identificáveis, essas atitudes podem ser normalizadas, permitindo que se perpetuem.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

MAIS DE 500.000 SENTENÇAS!

Atingimos mais uma marca importante no Dicionário Ganbarou Ze!: agora são mais de 500.000 sentenças em seu banco de dados! Isso faz o Dicionário Ganbarou Ze! estar entre as maiores fontes quando o assunto é frases bilíngues. E continuará aumentando!