quinta-feira, 13 de novembro de 2025

GANBAROU ZE! E FERRAMENTAS ESTRANGEIRAS

Com certa frequência, recebo a sugestão de disponibilizar a gramática e/ou a base de dados do Dicionário Ganbarou Ze! para ferramentas estrangeiras  como o Anki, Yomichan, Jisho.org, etc.

Sem enrolação, primeiro a resposta e depois a explicação:

NÃO DISPONIBILIZAREI A GRAMÁTICA E/OU A BASE DE DADOS DO DICIONÁRIO PARA FERRAMENTAS ESTRANGEIRAS!

O primeiro motivo é que isso desviaria totalmente do propósito do projeto, isto é, criar uma comunidade (equipe) na qual BRASILEIROS criam ferramentas/soluções para BRASILEIROS, assim sanando a enorme mesmice e desatualização do mercado editorial brasileiro na oferta de materiais sobre a língua japonesa. Com isso, minha intenção também é (era) abrir portas PARA BRASILEIROS no Japão. Por isso, é importante para mim que o projeto Ganbarou Ze! tenha, digamos, uma IDENTIDADE BRASILEIRA.

É visível, porém, que infelizmente não consegui atingir esse objetivo nesses mais de 10 anos de projeto. Creio que o projeto acabou sendo personificado em mim, uma pessoa com deficiência física, o que gera uma certa repulsa e receio por parte do nicho. E disso vem o segundo motivo

Como eu estou sozinho nesse “deserto”, fica muito complicado diversificar as plataformas. Pode não parecer, mas o Projeto Ganbarou Ze! tomou uma forma que me dá muito trabalho atualizar as coisas. Some-se a isso o engajamento e divulgação praticamente nulos por parte do nicho. Por essas razões, acho melhor “centralizar” as coisas na plataforma do Blogger.

Não sejamos ingênuos: o elemento que um criador de conteúdo precisa para atrair parcerias e expandir horizontes é justamente o engajamento e a divulgação por parte de quem consome o conteúdo e não o contrário. E se não tenho justamente engajamento e a divulgação por parte de quem consome o conteúdo, como esse mesmo público espera que o projeto ofereça o que ele quer? Sem reciprocidade? Sem o mínimo necessário?

E finalmente um terceiro motivo, que se trata mais de opinião pessoal: já que possivelmente o nicho personificou o projeto em mim e, por isso, o enxerga de forma negativa no sentido de prestígio social, o projeto seguirá da maneira que eu achar melhor, o que eu resumiria em dois pontos:

(1) Identidade BRASILEIRA (soluções e ferramentas criadas POR BRASILEIROS);

(2) Trabalhar com OUTROS NICHOS, o que faria este nicho continuar a ser beneficiado, mas INDIRETAMENTE; não mais diretamente no sentido de eu querer algum contato ou parceria com o pessoal do nicho dos fãs do Japão.

Sim, estou fechado ao nicho alvo inicial. Afinal, há mais de 10 anos, com raríssimas  e valiosas exceções, não faz a mínima diferença para este projeto.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

NICHO POUCO ACOLHEDOR?

Na semana passada, a Folha de S. Paulo publicou uma extensa matéria sobre como o nicho dos gamers tem inflado a pauta conservadora, sendo pouco aberto à diversidade. De alguma forma, eu acabei me identificando com essa matéria, pois, como venho escrevendo aqui, sinto que o nicho dos fãs do Japão também seja formada por uma maioria dita conservadora, o que ajudaria a explicar o motivo da indiferença do nicho ao meu trabalho nesses mais de 10 anos de Projeto Ganbarou Ze!.

Logicamente ninguém pode afirmar algo sobre o comportamento humano com certeza absoluta. O máximo que podemos fazer é, baseados em observação e estatísticas, apontar qual é a maior possibilidade dentro de determinadas circunstâncias. Dito isso, é de fácil constatação que o Japão é visto pela maioria como um país tradicional e conservador. Logo, é natural que a probabilidade de o Japão atrair o apreço de estrangeiros conservadores é maior do que ele atrair o apreço de estrangeiros não conservadores.

Como o Projeto Ganbarou Ze! é voltado para o público brasileiro, peguemos um dado referente aos brasileiros. Como mostrou o Portal G1, nas eleições de 2022, o então candidato à presidência Jair Bolsonaro venceu, no Japão, com mais de 80% dos votos dos brasileiros lá imigrantes. Ou seja, o resultado das eleições de 2022 no Japão corrobora a ideia de que a maior parte dos fãs (estrangeiros) do Japão são conservadores. Logo, assim como o nicho dos gamers, ele seria avesso à diversidade.

Isso não deixa de me causar estranheza, pois, ao mesmo tempo, a (suposta) MERITOCRACIA é uma bandeira erguida constantemente pelos ditos conservadores. Ora, se o princípio é a meritocracia, NÃO importa QUEM faz algo. Se algo é objetivamente bom, deve(ria) ser reconhecido.

Algum defensor da meritocracia poderá pensar que, se o Projeto Ganbarou Ze! não tem o devido reconhecimento, é por que ele não tem relevância objetiva, o que discordo. O que dizer então da média de 6.000 acessos mensais? Se essas pessoas estão consumindo o conteúdo, é por que encontram nele algum valor objetivo. E se encontram algum valor objetivo, por que não reconhecem dando engajamento e divulgando o projeto?

Logo, meritocracia é algo extremamente vago e subjetivo e não algo objetivo, mensurável como os conservadores dizem. Aliás, pessoalmente acho que o discurso da meritocracia acaba se tornando uma maneira de cobrar as pessoas por mais esforços para delas apenas parasitar. Sinto isso no projeto, inclusive: ouço pessoas, aceito sugestões, mas onde está a reciprocidade por meio de engajamento e divulgação? Cobrar sem reciprocidade é a mais pura definição de parasitismo.

Na verdade, muito mais elementos em jogo (como o prestígio social) do que a simples e suposta meritocracia. Considerando que a maioria dos fãs do Japão seja conservadora, importa muito mais para eles o prestígio social, os estereótipos e a estética positivos atribuída ao grupo pela sociedade do que o meu trabalho em si, ainda que objetivamente inovador e único no Brasil.

Afinal, sendo eu diferente e considerado por alguns inferior, quebraria muitos atributos positivos que o nicho dos fãs do Japão acredita ter perante a sociedade.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

FINALMENTE ATUALIZAÇÕES “DIÁRIAS”!

Meus “programadores virtuais” e eu decidimos atualizar mais uma vez o código do Dicionário Ganbarou Ze! e desta vez implantamos a tradução automática para as novas palavras adicionadas diariamente ao projeto EDICT, mas que ainda não constam no Dicionário Ganbarou Ze!, que é atualizado semanalmente.

Usemos novamente como exemplo a palavra “胃結腸反射”, cuja pronúncia é “いけっちょうはんしゃ” e significa “reflexo gastrocólico”. Ela ainda não consta no Dicionário Ganbarou Ze!, então, aparecerá assim:

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A nova linha é:

→ Significado (tradução automática): reflexo gastrocólico, resposta gastrocólica.

É claro que esta tradução automática serve apenas de “quebra-galho” até que eu adicione oficialmente as novas palavras da semana à base de dados do dicionário. Deste modo, o projeto Ganbarou Ze! inova mais uma vez e posso dizer que agora temos um dicionário atualizado “diariamente”, sendo o PRIMEIRO e ÚNICO no Brasil com tal funcionalidade e um dos poucos no mundo, pois nem todos os projetos que usam a base de dados do EDICT são atualizados diariamente.

Pessoalmente, creio que poucos verão essas mensagens, haja vista que o projeto EDICT já tem um vasto banco de dados, e as novas palavras adicionadas se tratam normalmente de termos muito técnicos e/ou novas gírias, algo com o qual provavelmente a maioria dos japoneses ainda não está familiarizada. Se não faz diferença prática para eles, muito menos fará para nós. Smile

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

NOVA FUNCIONALIDADE – PRONÚNCIA

Adicionei uma nova funcionalidade ao Dicionário Ganbarou Ze!. Como todos já sabem, ele é atualizado semanalmente (normalmente aos domingos), então, podemos dizer que existe um “atraso” entre a publicação de uma nova palavra no projeto EDICT, que é atualizado diariamente, e a disponibilização dessa palavra no Dicionário Ganbarou Ze!.

Diante disso, acrescentei a funcionalidade de o Dicionário buscar a pronúncia de uma palavra não encontrada, mas já publicada na base diária do projeto EDICT. Por exemplo, peguemos a nova palavra “胃結腸反射”, sugerida por mim, inclusive:

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A palavra “胃結腸反射” foi adicionada às atualizações do EDICT hoje, mas só constará no Dicionário Ganbarou Ze! a partir da atualização do dia 19/10/2025. Contudo, sabemos que a sua pronúncia é “いけっちょうはんしゃ”. Ao decompor, teremos:

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“胃結腸反射” significa “reflexo gastrocólico”, “um reflexo fisiológico natural, responsável pelo controle dos movimentos autônomos (peristálticos) do trato gastrointestinal inferior após uma refeição. (…) E quando uma pessoa come, o cólon aumenta a motilidade (movimentos) intestinal em resposta ao estiramento do estômago. O reflexo gastrocólico é responsável, por exemplo, por permitir espaço para o consumo de mais alimentos, exatamente por meio do peristaltismo” (fonte: enterogermina.com).

Neste caso, pela decomposição é possível se chegar a esse significado…

Esta é mais uma inovação do projeto Ganbarou Ze! Temos com certeza o dicionário de japonês mais avançado do Brasil e um dos dicionários de japonês mais avançados disponíveis NO MUNDO. E gratuito!

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

KANJI CONTRA O TEMPO

Apresento mais uma novidade a todos. Agora no submódulo “Painel de Kanjis”, no modo “JLPT” há o jogo “Kanji Contra o Tempo” na janela de cada Kanji.

Esse jogo é uma corrida contra o tempo. Como o descrevi na tela de apresentação, “Teste seus conhecimentos sendo pressionado pelo tempo! Tente acertar a leitura e o significado de cada palavra”.

Você pode escolher a dificuldade, estando ela relacionada ao tempo que você terá para selecionar uma leitura e depois um significado para a palavra apresentada:

Ao final, será mostrado apenas a porcentagem e o número de acertos:

Coloquei uma contagem regressiva justamente para você se sinta pressionado. Além disso, não são mostradas as respostas certas ao final do jogo. Eu decidi adotar tais critérios baseado em algo que eu ouvia quando aprendia tabuada na escola, que aplicado para o jogo, eu diria:

“Se você não é capaz de responder imediata e corretamente, você ainda não aprendeu como deveria. Se a resposta for mostrada facilmente, você não se esforçará para encontrá-la e memorizá-la”

Creio que apenas mostrar a porcentagem é o número de acertos “forçará” você a revisar a lista inteira de palavras, caso ainda não tenha atingido os desejados 100%. Além disso, o jogo não deixa de funcionar como um “Anki”, já que você poderá usar o jogo para revisar as palavras de tempos em tempos, com a vantagem que as alternativas são geradas aleatoriamente. Creio que com isso há uma diminuição do risco de um condicionamento da memória.

E sendo um pouco presunçoso (de zoeira), acho que esse jogo pode ser apelidado de “Versão Brasileira Melhorada do Anki”, pois na nossa versão são impostas dificuldades que o Anki não tem, o que sempre foi minha crítica com relação a ele. Ironicamente, para melhor memorizar o nosso cérebro precisa ser “pressionado” e não podemos facilitar as coisas para ele, pois ele é naturalmente preguiçoso. E acho que o Anki é muito “bonzinho” nesse sentido.

E convenhamos: o mundo real é desafiador e não facilita nada para a gente. Numa entrevista de emprego, por exemplo, eu diria ““Se você não é capaz de responder imediata e corretamente, você ainda não aprendeu como deveria. E se você ainda não aprendeu como deveria, você ESTÁ FORA”.

Por isso, é muito melhor ser pressionado por um jogo gratuito e que estará sempre a sua disposição do que ser pressionado por uma situação do mundo real em que o desconhecimento pode lhe custar uma oportunidade que pode não voltar mais, não acha? Winking smile

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

FERRARI NAS MÃOS DE POBRE

Continuando as minhas reflexões baseadas em mais de 10 anos com este nicho e a “vida no deserto” (sem engajamento e sem divulgação por parte de quem acessa constantemente o blog), gostaria de fazer uma analogia:

O que aconteceria se TODO MUNDO passasse a ser capaz de comprar uma Ferrari?

Não é difícil concluir que, se TODO MUNDO fosse capaz de comprar uma Ferrari, o “valor social” atribuído a quem possui uma Ferrari (alguém “especial”, com muito dinheiro e, por isso, prestigiado socialmente), diminuiria bastante. Logo, do ponto de vista de quem possui uma Ferrari, torná-la acessível às camadas ditas inferiores representa uma ameaça, pois aquilo que lhes dava prestígio social se torna algo popular, comum.

Ora, se o que o que move muitos a aprender japonês e a cultura japonesa é meramente o desejo de se “sentir dono de uma Ferrari”, uma pessoa “inferior” com esta “Ferrari” representa uma ameaça, pois pessoas de fora do nicho podem pensar: “Se uma pessoa com deficiência consegue aprender e ensinar japonês, então, não é algo tão especial e difícil como o pessoal alardeia por aí”. Assim:

Ferrari = conhecimento de japonês.

Raridade = prestígio.

Acessibilidade = perda de valor simbólico.

O que se valoriza não é apenas a habilidade em si, mas o prestígio social advindo da sua escassez.

***

Se o que o que move muitos a aprender japonês e a cultura japonesa é meramente o desejo de se “sentir dono de uma Ferrari”,  então, a APARÊNCIA conta muito. E não é difícil perceber isso neste nicho, infelizmente: dificilmente vemos criadores de conteúdo, mesmo que sejam japoneses nativos, com muitos seguidores se não atendem aos estereótipos que o nicho tem do Japão. Logo:

Exclusividade → aprender japonês como forma de se destacar dos “outros”. O público não valoriza a competência em si, mas a recompensa social que se pode obter estando vinculado a algo considerado “superior”.

Estereótipos visuais/culturais → só é reconhecido quem se encaixa em certas “expectativas” do nicho (o “Japão idealizado”).

Se o que o que move muitos a aprender japonês e a cultura japonesa é meramente o desejo de se “sentir dono de uma Ferrari”,  então, este projeto só decolará se alguém de prestígio social der alguma moral para ele. Aí com certeza muitos aparecerão dizendo: “Conheço o Ganbarou Ze! desde 2014 e sempre achei um dos melhores projetos de língua japonesa”. Aparecerão como baratas que saem do esgoto até a superfície no verão. Elas estão sob nossos pés, mas só aparecem quando convém.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

O MEDO DO DESPRESTÍGIO SOCIAL

Lembre-se: a derrapagem do carro da frente serve de alerta para os carros que vêm atrás dele. Continuando a série de reflexões sobre este nicho e minha experiência de mais de 10 anos “no deserto”, lanço uma questão:

Não é estranho que a média de acessos ao projeto se mantenha, mas não se traduza em divulgação e engajamento?

Como entusiasta do comportamento humano, eu suponho qual seja o motivo disso e, concidentemente ou não, ao conversar com meus programadores virtuais, de novo, eles afirmaram basicamente o que penso a respeito. Segundo o DeepSeek, “o medo do desprestígio é o motor por trás de tudo”.

Levando a questão para esse lado, engajar o projeto seria um risco social. Seria admitir que se está aprendendo com alguém que não deveria estar ensinando, por “ser inferior”. Portanto, reconhecer o valor do projeto, poderia ter como consequência o “rebaixamento” de  pessoas dentro do próprio grupo (e diante dos outros “de fora” também), o que as faria perder justamente o prestígio social que tanto buscam através do apreço pelo Japão e/ou pela língua japonesa.

Para se sentir bem consigo mesmo, o nicho precisa acreditar que é um grupo especial, seleto, exclusivo e de alto status por estarem relacionados a algo, supostamente, considerado  “chique, difícil e exótico" pela sociedade brasileira. Com isso, pessoas podem construir sua autoestima baseada em ideias (distorcidas) como:

(1) "Nós somos inteligentes porque aprendemos algo difícil."

(2) "Nós somos culturalmente superiores porque apreciamos algo exótico e refinado."

(3) "Nós temos um gosto melhor que o das outras pessoas."

(4) "Nós somos pessoas de virtude superior em comparação a outras pessoas."

Se parar para pensar, vemos esse filme constantemente neste nicho, não é mesmo?

Pois bem. O problema começa quando o projeto, e especialmente o sucesso pessoal de uma pessoa com deficiência, quebra brutalmente essa narrativa idealizada sobre o Japão. Na lógica distorcida da hierarquia social que o nicho criou, uma pessoa “inferior” ser  inesperadamente bem-sucedido em um domínio que eles acreditavam ser apenas para “pessoas superiores” desencadeia uma crise de identidade grupal. A pergunta inconsciente é:

"Se uma pessoa com deficiência (um 'inferior' na hierarquia social imaginária do nicho) consegue fazer isso, então, as ‘pessoas de fora’ vão achar que o Japão e a língua japonesa não são tão  especiais assim. O que vai acontecer conosco e nossa suposta superioridade?"

A conclusão inconsciente é que o Ganbarou Ze! os “transforma” em “pessoas comuns”, tirando do nicho o status especial que acreditam ter.

Diante dessa ameaça, o nicho não pode me atacar frontalmente (eu os poderia expor com provas e, como socialmente falando, a discriminação contra pessoas com deficiência é considerada reprovável, isso afetaria justamente o prestígio social que tanto buscam). Então, o nicho usa estratégias sutis para minimizar e neutralizar a ameaça que, na cabeça deles, o  Ganbarou Ze! representa, como o consumo silencioso (número de acessos constante, mas sem engajamento ou divulgação) e boicote social silencioso para manter o Ganbarou Ze! em seu "lugar" imaginário, isto é, se não reconhecem o Ganbarou Ze!, é como se ele não existisse. Se ele não existe, então eu não sou uma ameaça à hierarquia e ao status do grupo.

Segundo o próprio DeepSeek “não há nada que você (eu), sozinho, possa fazer para mudar a dinâmica desse grupo específico”.

Concordo com o DeepSeek, infelizmente e tenho mais de 10 anos de experiência para poder afirmar isso. A única solução seria alguém de prestígio no nicho “validar” o meu trabalho, assim como aconteceu comigo na faculdade em 2005, como relatei no “Como Aprender?”. Contudo, isso eu acho improvável acontecer, pois já são mais de 10 anos e eu já entrei em contato com instituições e influenciadores grandes relacionados ao nicho.

E o que recebi?

Nenhuma resposta ou no máximo o clichê “continue e não desista dos seus sonhos”.

É por isso que já considero, neste nicho, uma batalha perdida. A menos que surja um novo influenciador explodindo no nicho e ele valide o meu trabalho. Contudo, a vida é curta e não dá para ficar esperando isso acontecer. Até por que, sinceramente, eu não acredito que este nicho tenha força para viralizar e explodir algo novo. Até acho que a onda japonesa tem ficado cada vez mais fraca, restrita e saturada a cada ano que passa. E quem viveu o fim dos anos 1980 e os anos 1990 percebe isso mais facilmente.